Para quem está sempre antenado as novidades, neste post vou voltar ao passado, colocarei alguns trexos do conto de Érico Veríssimo: O Diário de Silvia.
E como vivemos em um mundo ilustrado, trarei a percepção da Frizon para este universo d aliteratura através da imagem.
Espero inspirar e instigar a leitura do mesmo, que é muito agradável.

Érico Verissimo

Chove sem parar faz três dias.
Devagarinho, miudinho,

como para azucrinar os que gostam de sol, como eu.
Um céu baixo cor de ratão oprime a cidade.

E aqui estou, tristonha,

arrepiada de frio, como um passarinho molhado empoleirado num fio de telefone.

O vento hoje anda correndo e uivando como um desesperado por céus, ruas e descampados. Atrás de quem?

Talvez do tempo.

Acabo de fazer uma importante descoberta.
No inferno o castigo não é o fogo eterno,

mas a eterna umidade, o que é muito mais terrível.

Neste quinto dia de chuva ininterrupta, sinto que cogumelos me brotam no cérebro. Um bolor esverdeado me forra a alma.

Sou um vegetal.

15 de outubro
31 de dezembro de 1937
Na noite em que Jango e eu contratamos casamento,

na hora em que os convidados começaram a chegar para a festa, senti de repente uma espécie de pânico.

E a meia-noite, quando no centro do estrado, no quintal, Floriano me abraçou,




Neste quarto ano de casados, onde estamos?


"Um talho pode não doer muito na hora em que é produzido

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